segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Índices de Produtividade – Nova Portaria


A publicação da Portaria Interministerial é questão de dias, mas já vem causando bastante desconforto aos setores ligados ao agronegócio.

Já se fala em aumento de invasão de terras(como se o MST só invadisse terras improdutivas).

O critério de improdutividade há tempo deixou de ser o alvo da invasão. O MST de “burro” não tem nada. Ele sabe que existe lei que impede a desapropriação de terras invadidas. Uma das táticas adotadas por este grupo é de invadir a fazenda produtiva lindeira reivindicando a desapropriação da outra.

Tenho no meu curriculum centenas de nomeações na área de perícia judiciais em processo de desapropriações. Acompanhei muito mais vistorias do INCRA para classificação da fazenda quanto ao cumprimento da função social. Um dos requisitos da função social é referente aos índices de produtividade, antigos e agora, novos.

Já tomei conhecimento, por enquanto extra oficial sobre os novos índices. Sinceramente não vejo nenhum bicho de sete cabeças. Vejo sim, que cada vez mais o fazendeiro precisa de engenheiro agrônomo antes de ter advogado ou contador. O agrônomo conhecedor desta área deve orientar o fazendeiro a criar a blindagem contra a reforma agrária dentro da lei não é botando segurança ou metendo bala nos invasores.
Existe lei que precisa ser cumprida. Por mais que se diga que este setor e ter terra de sem lei, no final, a lei deverá prevalecer.

Se o fazendeiro não conseguir cumprir os índices de produtividade legais, existem muitas maneiras de justificação previsto na própria Portaria. Basta saber aplica-la.

Da mesma forma que existe tanta bandidagem no Brasil, não devemos fazer justiça com as próprias mãos.
Se não conseguiu os índices peça a proteção legal. A lei vai ampará-lo.

Para maiores esclarecimentos
Ligue: (18) 9771-5639
Ou envie um email: luiz@agronomiayamamoto.com.br

Índices de Produtividade segundo a Nova Portaria


A nova Portaria interministerial impõe aos produtores rurais novos índices de produtividade.

Em alguns casos, a exigência maior não traz nenhuma preocupação. A Produção que esta portaria impõe não é difícil.
Mas em certas culturas, os índices são preocupantes.

De qualquer maneira, se você já precisava de assessoria de agrônomos competentes nesta área, agora precisa muito mais.

Somente este profissional vai mostrar quais são os mecanismos legais para adequar a sua propriedade à nova exigência de produtividade.

Do advogado, você vai precisar na segunda etapa, ou seja, se o seu imóvel for declarado improdutivo e ajuizada à ação de desapropriação.

Antes que isto aconteça, peça para o seu agrônomo simular uma vistoria do INCRA para constatar se a sua fazenda cumpre a função social e a nova Portaria.

Faça um estudo prévio e crie mecanismos técnicos para proteção do seu imóvel da reforma agrária. Você vai ver que não é nada apavorante.
Que se publique tal Portaria. Que venham fiscalizar o seu. Você não tem o que se preocupar.

Para maiores esclarecimentos
Ligue: (18) 9771-5639
Ou envie um email: luiz@agronomiayamamoto.com.br

Novos índices de produtividade


O governo promete apresentar, em 15 dias, uma portaria com os novos índices de produtividade. Esse é o critério usado para determinar se uma fazenda é improdutiva e pode ser desapropriada para a reforma agrária. O anúncio foi feito nesta terça, dia 18, pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, depois de uma reunião com sem-terra em Brasília.

O clima foi de aparente descontração entre os coordenadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra e ministros (MST). Os atuais índices de produtividade, feitos a partir de dados do censo agropecuário de 1975, vão ser atualizados com base na produção agrícola dos municípios medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por microrregião geográfica.

O principal critério vai ser a média da produtividade entre 1996 e 2007. Propriedade rural que produz soja, por exemplo, no município de Sorriso em Mato Grosso e que hoje precisa ter índice de 1,2 mil quilos por hectare, com a mudança só será considerada produtiva se dobrar a produção. O mesmo vai ocorrer com as fazendas de milho em Lucas do rio Verde, também em Mato Grosso.

— Não precisa passar pelo Congresso Nacional. Essa portaria, ela fixa índices de produtividade. Como estamos em 2009, ela fixa os índices que vão valer em 2010. Como o Incra faz sempre o seu trabalho de vistoria, voltado um ano pra trás, o trabalho que o Incra vai fazer em 2011 vai ser com base nesses índices de produtividade que vão valer a partir de 2010 — disse o ministro do Desenvolvimento Agrário.

— A atualização dos índices de produtividade é fundamental para o MST porque possibilita que se disponibilize mais áreas para o assentamento de família. É uma decisão que a gente já vinha negociando com o governo desde 2005 — defendeu Vanderlei Martini, da Coordenação Nacional do movimento.

Vão ser liberados do orçamento R$ 340 milhões dos recursos do Incra para a aquisição de terras. Na reunião, o governo prometeu desapropriar, nesta semana, a Fazenda Nova Felicidade no município em Felisburgo, em Minas Gerais, onde ocorreu a morte de cinco trabalhadores em novembro de 2004. Para este ano o ministro Cassel pretende assentar 70 mil famílias de diferentes movimentos sociais em todo o país.

Novos índices de produtividade da terra


Brasília - O governo federal anunciará em 15 dias a atualização dos índices de produtividade, fixados em 1980 com base no Censo Agropecuário de 1975. O compromisso foi assumido hoje (18) pelo ministro de Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, em reunião com lideranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Também participou da reunião o secretário-geral da Presidência da República, ministro Luiz Dulci.

“Terra tem que cumprir função social – isso está na Constituição. Terra não é uma joia, não é um carro de luxo, não é reserva de valor, não pode servir para especulação. Terra tem que servir para produzir alimentos, é isso que o índice de produtividade determina”, disse Cassel, ao final do encontro com os trabalhadores. “Prevaleceu o bom-senso, o equilíbrio. Esse índice não vinha sendo reajustado desde 1980”, afirmou.

Os índices de produtividade, que valerão a partir do próximo ano, serão fixados com base nos dados da Produção Agrícola Municipal (PAM) feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) por microrregião geográfica, a partir da média de produtividade entre 1996 e 2007. “Tem que olhar cultura por cultura, região por região. A gente fez um acordo, os índices estão sendo reajustados de uma forma bastante tranquila. Acho que não se cria nenhum problema para quem se preocupa em produzir”, acrescentou o ministro.

Sobre a possibilidade de resistência da bancada ruralista no Congresso Nacional, Cassel foi taxativo, afirmando que reajustar índices de produtividade é “obrigação” do governo, estabelecida em lei, para assegurar que as terras agricultáveis sejam usadas. “A gente tem que se perguntar quem é que tem medo da produtividade”, ressaltou o ministro.

Segundo ele, a atualização dos índices de produtividade não tem como objetivo a reforma agrária. A revisão dos índices visa a garantir que as terras agricultáveis do país produzam alimentos para toda a sociedade. “Aquelas terras que não são produtivas podem vir a ser trabalhadas para reforma agrária”, esclareceu.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Agrário, em diversas regiões permanecerão os índices vigentes. No caso da soja, por exemplo, 66% dos municípios mantêm os índices atuais, 27% terão índices menores ou iguais à média histórica e 7% terão índice superior à média histórica. No caso do cultivo de milho, a maior parte (57%) terá índice igual ou menor que a média histórica – apenas 12% terão índice acima. Para o plantio de cana-de-açúcar, 88% manterão os índices vigentes e apenas 3% terão índice maior que a média histórica.

O ministério cita, por exemplo, o cultivo de soja no município de Sorriso, em Mato Grosso. O índice de produtividade passará de 1.200 quilos por hectare para 2.400 quilos por hectare, sendo que o rendimento da safra 2006/2007 foi de 3.062 quilos por hectare. No caso da uva no município gaúcho de Bento Gonçalves, o índice subirá de 12.000 para 13.303 quilos por hectare – o rendimento da safra 2006/2007 foi de 15.000.

“Os índices de produtividade são absolutamente confortáveis para quem produz na média”, assegurou Cassel. Os novos índices serão apresentados nesta semana ao Conselho de Política Agrícola pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, para posterior publicação da portaria que atualiza os números.

O governo federal também anunciou hoje o descontingenciamento de todos os recursos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para obtenção de terra, num total de R$ 338 milhões, para acelerar o processo de reforma agrária no último período do ano. A meta para assentamentos este ano, segundo o ministro, é de 70 mil famílias de todos os movimentos sociais.

“O compromisso do governo, neste mandato, é assentar com muita responsabilidade. Para nós, não é a meta quantitativa que é levada apenas em conta e, sim, assentar com qualidade”, ressaltou Cassel. “Para nós, assentamento de reforma agrária é assentamento feito em boas terras e em boas condições, com habitação, com assistência técnica, com crédito, para que os assentamentos possam ser produtivos.”

Segundo o ministro, o governo se comprometeu a publicar, ainda nesta semana, a desapropriação da Fazenda Nova Alegria, em Felisburgo, Minas Gerais, onde cinco trabalhadores rurais foram assassinados em 2004. “É uma reivindicação antiga do movimento social, houve um massacre lá em 2004, e essa área vinha sendo objeto de tratamento pelo governo para desapropriação”, concluiu

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Minc diz que negociação sobre Código Florestal continua muito difícil


O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que a negociação de mudanças no Código Florestal entre ambientalistas e ruralistas “continua muito difícil”


Quatro meses após o que chamou de “aliança histórica entre ecologia e agricultura familiar”, o ministro disse que a área ambiental ainda está em desvantagem, principalmente no Congresso Nacional, onde a bancada ruralista tem mais força.

“A situação continua muito difícil. Tivemos avanços, mas estamos muito longe ainda de resolver a situação”, disse durante encontro com os representantes de movimentos sociais ligados à reforma agrária. “Estou moderadamente otimista”, disse.

Segundo Minc, a discussão sobre as mudanças no Código Florestal está sendo conduzida agora por um grupo chefiado pela Casa Civil, com os ministérios do Meio Ambiente, da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário.

Antes, um grupo formado pelos três ministérios, mais parlamentares e a sociedade civil era responsável pelas conversas, mas foi desfeito pelo ministro da Agricultura, Reinholds Stephanes, após os desentendimentos com Minc. Em outra ocasião, a negociação também ficou comprometida após Minc chamar os grandes produtores de “vigaristas” em um evento público.

Minc disse que a Casa Civil trabalha uma proposta baseada em 22 pontos acertados entre o MMA e o MDA para os pequenos agricultores, entre eles, a soma da area de preservação permanente (APP) e da reserva legal no cálculo da parte da propriedade a ser preservada, o uso de espécies não nativas para a recomposição do que foi desmatado – com a utilização de árvores frutíferas, por exemplo – e a simplificação da averbação da reserva legal.

Algumas das medidas poderão ser estendidas aos médios e grandes agricultores, segundo Minc. O grupo interministerial não tem prazo para apresentar um texto, mas o ministro espera que, em setembro, o governo tenha um primeiro parecer sobre o assunto. A ideia é regulamentar parte das mudanças sem depender do Congresso Nacional, com a edição de decretos presidenciais e resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

“Ainda estamos em desvantagem. No Congresso, a competição é francamente desfavorável. A bancada ruralista é mais mobilizada”, disse. Minc afirmou que a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) tem aproveitado grandes encontros e feiras de agricultores pelo país para “espalhar o pânico” entre os produtores sobre as mudanças na legislação ambiental.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Supercâmera monitorará a Amazônia do espaço





Ela só começará a trabalhar de fato em 2001. Mas já está gerando comentários na Comunidade Científica. Trata-se da câmera Mux, que acaba de ser entregue aos cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em São Paulo, e deve se tornar uma eficiente arma para ajudar na fiscalização e na preservação da Amazônia. A Mox não está sendo chamada de “supercâmera” à toa. O equipamento, que monitorará a selva amazônica a bordo de satélites a cerca de 800 quilômetros de altitude, pesa 120 quilos e é capaz de identificar, do espaço, objetos de 20 metros.

Por tudo isso, uma câmera Mux - de fabricação 100% nacional - custou pouco mais de R$ 14 milhões, incluindo projeto, desenvolvimento e fabricação. Como o Inpe encomendou seis unidades da supercâmera, o centro de pesquisa teve de investir cerca de R$ 85 milhões no projeto. As câmeras serão integradas a satélites do programa CBERS (China-Brazil Earth Resources Satellite - Satélite China-Brasil de Recursos Terrestres), projeto espacial feito em parceria pelos dois países.

A previsão é de que dois satélites CBERS sejam lançados até 2014 - o primeiro deles, em 2011 -, sendo que cada satélite irá ao Espaço com quatro supercâmeras: duas brasileiras e duas chinesas. Os CBERS conseguem dar um volta inteira ao redor da Terra em cerca de 1 hora e 40 minutos e suas câmeras ajudarão os pesquisadores a monitorar desmatamentos na Amazônia, queimadas, expansão urbana, o avanço agropecuário e a gerenciar os recursos naturais da maior floresta tropical do mundo.

Numa decisão pioneira nesse tipo de projeto, o Inpe decidiu disponibilizar gratuitamente as imagens que serão captadas pelas câmeras Mux, com o objeto de tornar públicas as informações por elas geradas. A política de acesso livre a essas imagens tem estimulado outros países, como os Estados Unidos, a fazer o mesmo. Além de colaborar para a preservação da Amazônia e produção de conhecimento, o projeto CBERS traz outras duas grandes contribuições ao país: fortalecer a indústria espacial nacional e gerar empregos num setor de alta tecnologia